24/09/2011

Jardim Botânico Inhotim

Se você nunca ouviu falar em Inhotim não perca mais nem um minuto para conhecer!


Para brindar a entrada da primavera , nada melhor do que se deleitar com um lindo jardim botânico e museu de arte contemporânea integrados.

Yayoi Kusama

Sabe aqueles lugares que te surpreendem em todos os aspectos, Inhotim é muito mais! É mais que um jardim botânico, mais que um museu de arte contemporânea, mais que um exemplo de arquitetura moderna e mais do que eu já vi em qualquer lugar do mundo em todos estes quesitos. Mas o principal é que está no Brasil, em Minas Gerais e poucos brasileiros conhecem!




Se você não tem programa para o próximo feriado , pegue um avião para Belo Horizonte e viaje 60 km de carro até Brumadinho para desfrutar de tudo isto por meros R$25,00 . Se você tem programa , desvie a rota que não vai se arrepender nenhum minuto. Se forem férias , melhor ainda pois ainda dá para conhecer Tiradentes e outras riquezas mineiras das quais vou falar mais adiante.



Inhotim é um projeto de um magnata mineiro , Bernardo Paz que vendeu a empresa de siderurgia e resolveu investir num projeto mirabolante, construir um museu de arte contemporânea em meio a natureza e de quebra criar um dos mais importantes e bem montados jardins botânicos do Brasil. Eu que estive no Jardim Botânico de Porto Alegre faz pouco , fiquei triste ao lembrar de nosso mau cuidado e fraco exemplar. Mas todo o projeto foi feito com paixão e sem muito planejamento prévio , até porque se assim fosse deveria ter sido construído num local de mais fácil acesso .


O projeto paisagístico é de Burle Marx e o trabalho sensorial nos evoca o jardim do Éden. São 100 hectares de cores e aromas escolhidos com um cuidado especial , criando uma atmosfera de deleite em cada curva do caminho. Cinco lagos ornamentais  com a maior coleção de palmeiras da América são dispostas de forma harmônica , quase poética. Para quem cuida de um pequeno jardim e se emociona quando desabrocham as primeiras glicínias e jasmins perfumando o ar na primavera , entendem bem do que estou falando!



Os recantos por onde espalham-se os pavilhões que abrigam as obras de artistas  brasileiros e estrangeiros são pensados para terem uma sintonia perfeita com as espécies naturais que lhes abraçam. Os aromas de eucaliptos e acácias estão até agora impregnados na minha memória. Nas 17 galerias as obras são expostas alternadamente, porém 21 artistas tem pavilhões próprios perenes. Dentre os mais conhecidos estão Tunga, Cildo Meireles , Helio Oiticica e a esposa do mentor , Adriana Varejão. As exposições são sempre renovadas, e galerias são anualmente inauguradas. A intenção é promover o diálogo constante com o entorno de montanhas e mata!



Galeria Miguel Rio Branco

Eu sei que muita gente deve estar pensando, “eu não gosto de arte contemporânea, não tenho o que fazer neste lugar!”


Ledo engano, você só não vai apreciar Inhotim se não gostar de natureza, nem harmonia e nem tão pouco apreciar o belo! E mesmo com muita expectativa não tem como não se surpreender com o que encontra por lá. Mas já está difícil visitar o museu inteiro num dia só. Algumas galerias ocupam espaços mais distantes da entrada e para isto existem uns carrinhos de golfe que fazem o transporte. Ouvi falar que estão pensando em construir uma pousada ali perto, seria providencial porque de outra forma é só voltando para BH ou ficando na Serra a 30 km em pousadas bem simples e bem caras.



Coleção de Palmeiras

A terceira onda do Inhotim são as instalações site-specific: o artista selecionado escolhe um local determinado e cria não apenas a obra para aquele lugar, como interefere na concepção do edifício que vai abrigar a obra. O sonho dourado de qualquer artista do mundo.


Hugo França foi para Trancosono no começo dos anos 80 e conheceu o pequi vinagreiro – madeira que revolucionaria sua vida. As canoas eram feitas dessa árvore, uma herança indígena, mas a descoberta revolucioária do designer foi que as raízes centenárias sobrevivem às queimadas. Pelas mãos do profissional, elas se transformam em móveis escultóricos,  capazes de resgatar a natureza bruta onde quer que sejam expostos. Inhotim conta as mais monumentais esculturas mobiliárias que o designer já produziu.


Tamboril

Tudo conspira a favor, até os restaurantes estão integrados no ambiente e formam um cenário perfeito para apreciar a deliciosa culinária mineira, aqui nada tradicional e bastante inovadora.  São 10 opções entre lanchonetes e 2 excelentes restaurantes o Tamboril e o Oiticica.

Restaurante Tamboril


Aberto de quarta a domingo e aos feriados, Inhotim oferece visitas temáticas (arte ou natureza), com monitores, além de visitas educativas para grupos , que devem ser agendadas previamente.
O jornal The New York Times, em referência ao Inhotim, citou certa vez que “poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”. Para nossa sorte e deleite!


Formas da Natureza


“E quem está falando não é um rato de museu, não. Tenho pouca paciência com o gênero. 90 minutos, duas horas no máximo é o que agüento antes de virar abóbora. Até a cara de conteúdo eu costumo perder no meio do caminho. Em museus grandes e sobretudo em bienais acabo sofrendo uma overdose conceitual. Entro em coma artístico.Eu não entendo xongas de arte, mas pelo jeito que fui tocado por tudo o que vi, me arrisco a palpitar que a curadoria busca obras que causem impacto também no público leigo. Nada passa batido. Pelo menos algum dos seus sentidos vai entender por que aquilo foi posto lá para você contemplar (às vezes, interagir).”

                            Ricardo Freire: “Inhotim , o melhor passeio que você ainda não fez”.



Fonte: Blog Viajando com Arte


Para conheccer mais sobre Inhotim clique AQUI.

22/09/2011

Casa auto-suficiente gera energia e tem lugar para produzir alimentos

A sustentabilidade e as tecnologias verdes recentemente tomaram conta do mundo do design. Muitos projetos estão sendo desenvolvidos com esses novos conceitos em mente. Destaque entre eles, a Fab Lab House, projetada pelo Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha (IAAC), é exemplo de vida ecológica. A casa gera três vezes a energia que consome e também abriga um pomar, a fim de produzir alimentos. É uma construção auto-suficiente.
fab lab house

A Fab Lab House usa os recursos do sol, da água e do vento para criar um microclima que passivamente melhorar as condições básicas para habitar.

fab lab house


O formato foi pensado pela sua finalidade: a construção sustentável, cujo "a forma segue a energia". 

fab lab house banheiro

O interior é composto por um dormitório, um loft com camas para os hóspedes, cozinha e banheiro.

sala fab lab house

São elementos básicos, presentes na vida dentro de um barco, formato que inspira a construção.

interior fab lab house

O sistema de controle da casa permite a avaliação detalhada e em tempo real do seu comportamento, bem como sobre sua interação com o meio ambiente, criação de perfis históricos. Além disso, é possível compartilhá-los socialmente.

fab lab house

O projeto, que envolveu arquitetos e especialistas de 20 países, além do IAAC, contou com o Centro de Bits e Átomos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pela rede mundial de Fab Labs.

quarto fab lab house

A casa ficou exposta durante um concurso de arquitetura na Europa e recebeu mais de 20 mil visitantes. 

sistema fab lab house


Os modelos existentes são cabana (12 metros quadrados), Refúgio (24 metros quadrados), Estúdio (36 metros quadrados), Casa (60 +60 metros quadrados) e Villa (96+96 metros quadrados). Para quem quiser a sua, está disponível para venda, com preços a partir de 45.000 euros para a menor.


15/09/2011

Sala montada com lixo retirado de arroios de Porto Alegre é exposta em conferência


Materiais como fogão, sofá, TV e
utensílios domésticos tirados de
arroios compõem exposição
Foto:Diego Vara / Agencia RBS

Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, no bairro Praia de Belas, na Capital, está montada uma sala com sofá, poltrona, escrivaninha, telefone, TV e fogão. Tudo tirado dos arroios de Porto Alegre.
Na tarde de quarta-feira, a exposição batizada de a Casa do Arroio deixou boquiabertos dezenas de brasileiros e estrangeiros, participantes da 12ª Conferência Internacional de Drenagem Urbana, realizada nesta semana na Capital.
Apartir das limpezas e dragagens realizadas nos últimos anos nos arroios da cidade, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) reuniu móveis e utensílios domésticos para mobiliar uma residência.
Um orelhão e um banco de automóvel complementam a mostra itinerante, que, até o final do mês, estará aberta à visitação – após deve passar por universidades, shoppings e bairros.

Fonte: Zero Hora
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